O desmatamento da Amazônia produz um crescimento econômico insustentável, que resulta na piora dos índices de desenvolvimento humano nas regiões mais afetadas, revela um estudo publicado na edição desta semana da revista Science.
De acordo com os pesquisadores, assim que tem início a derrubada da floresta para criação de pastagens ou plantações, há uma elevação inicial nos índices de desenvolvimento humano local, mas a vantagem desaparece na medida em que o desmatamento avança. "Apesar da ideia generalizada de que o desmatamento é o preço a ser pago pelo desenvolvimento, nós descobrimos que, na verdade, o desenvolvimento é transitório e não representa uma melhora sustentada do bem-estar das pessoas", disse a coordenadora do estudo Ana Rodrigues.
Os pesquisadores compararam os Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) de 286 municípios amazônicos em diferentes estágios de desmatamento, tendo como base o ano 2000. Nas cidades amazônicas que se encontravam nos estágios iniciais de desmatamento ou com a derrubada em ritmo acelerado, os IDHs estavam próximos aos da média nacional e acima da média regional.
Num segundo estágio do estudo, porém, os cientistas verificaram que as condições de vida passam a melhorar num ritmo muito inferior à média nacional. O resultado diz o estudo, é que "em termos líquidos, pessoas em municípios que derrubaram suas florestas não estão melhores do que aqueles em municípios que não o fizeram."
Ana Rodrigues explica que, em um primeiro momento, pessoas pobres e sem terra de todo o Brasil dirigem-se a lugares onde o corte de árvores acontece, recebendo uma rápida quantia em dinheiro para melhorar sua qualidade de vida. O comércio de madeira rapidamente dá lugar à agricultura e à pecuária. No começo, a terra é fértil e produtiva, mas logo entra em declínio. Já sem madeira para vender, os habitantes da região escolhem entre ficar nas terras que conseguiram ou partir para outra fronteira de desmatamento.
O estudo é uma parceria do Instituto Superior Técnico de Portugal com cientistas do Imazon, do Centre d'Ecologie Fonctionnelle et Evolutive, da França, e das universidade britânicas de Cambridge, Imperial College London e de East Anglia. Segundo os pesquisadores, o problema "provavelmente não tem uma solução única". Eles propõem uma melhor utilização das áreas já desmatadas, restrições a novos desmatamentos e reflorestamento de áreas degradadas, além de incentivos a atividades sustentáveis, como manejo florestal e pagamento por serviços ecológicos.
fonte: veja.com (Com agência Reuters)
De acordo com os pesquisadores, assim que tem início a derrubada da floresta para criação de pastagens ou plantações, há uma elevação inicial nos índices de desenvolvimento humano local, mas a vantagem desaparece na medida em que o desmatamento avança. "Apesar da ideia generalizada de que o desmatamento é o preço a ser pago pelo desenvolvimento, nós descobrimos que, na verdade, o desenvolvimento é transitório e não representa uma melhora sustentada do bem-estar das pessoas", disse a coordenadora do estudo Ana Rodrigues.
Os pesquisadores compararam os Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) de 286 municípios amazônicos em diferentes estágios de desmatamento, tendo como base o ano 2000. Nas cidades amazônicas que se encontravam nos estágios iniciais de desmatamento ou com a derrubada em ritmo acelerado, os IDHs estavam próximos aos da média nacional e acima da média regional.
Num segundo estágio do estudo, porém, os cientistas verificaram que as condições de vida passam a melhorar num ritmo muito inferior à média nacional. O resultado diz o estudo, é que "em termos líquidos, pessoas em municípios que derrubaram suas florestas não estão melhores do que aqueles em municípios que não o fizeram."
Ana Rodrigues explica que, em um primeiro momento, pessoas pobres e sem terra de todo o Brasil dirigem-se a lugares onde o corte de árvores acontece, recebendo uma rápida quantia em dinheiro para melhorar sua qualidade de vida. O comércio de madeira rapidamente dá lugar à agricultura e à pecuária. No começo, a terra é fértil e produtiva, mas logo entra em declínio. Já sem madeira para vender, os habitantes da região escolhem entre ficar nas terras que conseguiram ou partir para outra fronteira de desmatamento.
O estudo é uma parceria do Instituto Superior Técnico de Portugal com cientistas do Imazon, do Centre d'Ecologie Fonctionnelle et Evolutive, da França, e das universidade britânicas de Cambridge, Imperial College London e de East Anglia. Segundo os pesquisadores, o problema "provavelmente não tem uma solução única". Eles propõem uma melhor utilização das áreas já desmatadas, restrições a novos desmatamentos e reflorestamento de áreas degradadas, além de incentivos a atividades sustentáveis, como manejo florestal e pagamento por serviços ecológicos.
fonte: veja.com (Com agência Reuters)
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