segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Há possibilidades de fraudes nas urnas eletrônicas

  Uma equipe de especialistas em informática liderada por um professor da Universidade de Brasília (UnB) conseguiu quebrar ontem (21/3) o embaralhamento de votos que é feito dentro das urnas eletrônicas brasileiras – mostrando na prática que a máquina de votar em uso no país não garante o sigilo do voto, cláusula pétrea prevista no Artigo 14 da Constituição.  A equipe coordenada pelo professor Diego de Freitas Aranha conseguiu montar a sequência exata de votos dados por 485 eleitores simulados no decorrer da 2ª. edição dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação Brasileiro promovidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em sua sede, em Brasília,  iniciados no último dia 20 e que terminam hoje (22/3).

O episódio foi testemunhado pela observadora do PDT junto ao TSE para acompanhar os testes, Dra. Maria Aparecida Cortiz, que também assistiu  a entrevista que o professor Diogo Aranha deu à TV Unb – anunciando o sucesso de sua equipe em quebrar a segurança da urna. Segundo Maria Cortiz, basta alguém, mesário ou um  fiscal de partido por exemplo, anotar os nomes dos eleitores pela ordem de votação nas secções, no dia da eleição,  para o sigilo do voto ser completamente  quebrado.

“Esta possibilidade  é grave porque o voto, além de universal, precisa ser secreto – isto é a base do sistema democrático”, argumentou a advogada, acrescentando ainda que o fato em si prova, de forma definitiva, que as críticas dos partidos políticos à fragilidade do sistema eleitoral brasileiro, como um todo, procedem.

Ela acrescentou:
“Os investigadores só tiveram acesso a uma parte do sistema, exatamente a máquina onde são depositados os votos, e conseguiram descobrir a ordem de entrada dos votos na máquina, o que permite saber quem votou em quem. Só que as fragilidades vão além – estão também no cadastro eleitoral, onde a existência de eleitores fantasmas é fato comprovado; e também na totalização – já que esta é fechada à fiscalização, sem acesso de ninguém.”



Onde está a tecla BRANCO?

O voto nulo possui o mesmo resultado do "voto em branco", contudo o VOTO NULO é uma atitude de não utilizar nenhuma das possibilidades dadas pelo sistema eleitoral, nem sequer o voto em branco. O Voto nulo é escondido pelo modelo eleitoral que temos, pois ele pode ser uma ameaça a toda essa falsa representatividade. Entretanto, atualmente temos uma propaganda sobre "conscientização" do voto limpo em que até o VOTO EM BRANCO (tecla BRANCO) foi alvo de desprezo pela notícia. Segue abaixo da figura, o link do vídeo sobre o voto.