Por: Manoel Cardoso
Moradores do bairro do Laguinho, localizado na área portuária de Santarém, afirmam que estão preocupados com a construção de um estacionamento por parte da Companhia Docas do Pará (CDP) e da empresa multinacional Cargill, na área da antiga Vera Paz. Do projeto, consta a construção de um estacionamento da concessionária Cargill na área que seria destinada a implantação de uma reserva arqueológica.
A presidente da Associação de Moradores do Bairro do Laguinho (Ambal), Lucélia Pimentel, explica que em uma reunião que aconteceu terça-feira última e que contou com a presença de dois diretores da CDP de Belém e o gerente da Companhia em Santarém, Celso Lima, os representantes da empresa disseram que há apenas uma previsão de construção na área 4A dos lotes. Ela destaca que todo o terreno da CDP já está loteado, onde os representantes da Companhia chamam por número, como a área 4ª, situada entre o prédio da Cargill e o Campo da Vera Paz. Nela, será construído um silo de armazenagem de grãos.
“Na área 4B que é o Campo da Vera Paz, eles falaram que não será construído nada, mas o lote é da concessionária Cargill, onde a empresa vai fazer lá o que quiser como um estacionamento ou outro silo”, dispara a líder comunitária.
Segundo Lucélia Pimentel, a principal reivindicação da Ambal durante a reunião ficou por conta da passagem do campo da Vera Paz para o domínio dos moradores do Laguinho, onde pessoas que utilizam a arena para atividades esportivas também questionam a intenção da Cargill e da CDP de transformar a área em um estacionamento. Para ela, a área se consolida como um lugar de uso comum para todos os moradores do Laguinho, onde o Campeonato da Vera Paz acontece há cerca de 26 anos no local, que também serve para a realização de atividades de educação física de alunos do Colégio Pedro Álvares Cabral.
“A comunidade também utiliza para eventos beneficentes e, durante a nossa gestão não houve nenhum contato por parte da CDP, Cargill ou Prefeitura relacionada aos projetos que serão instalados no Campo da Vera Paz”, critica Lucélia, denunciando que depois que acontecer o salvamento do sitio arqueológico do Campo da Vera Paz, a área será entregue à concessionária Cargill, que detém toda a parte documental do lote.
“Se tem que haver o salvamento do nosso sítio arqueológico, por que são nossos antepassados que estão lá, mas depois do salvamento, essa área volta para comunidade? Não, será entregue para a Cargill”, finalizou.
Fonte>>> O impacto 10/07
http://www.oimpacto.com.br/
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