A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai promover no dia 14 de julho um workshop com entidades do setor, especialistas acadêmicos e agentes de mercado para discutir uma proposta de regulação para incentivar a repotenciação de hidrelétricas existentes. A Aneel acredita que deve ser realizada apenas uma licitação do tipo e que o preço-teto para a contratação "deve ser muito menor do que os alcançados pelas hidrelétricas em leilões de energia nova", uma vez que a maior parte das usinas não exigirá obras civis, o que concentra os custos apenas na aquisição e montagem de equipamentos.
UHE Porto Primavera poderia instalar 440MW extras
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai promover no dia 14 de julho um workshop com entidades do setor, especialistas acadêmicos e agentes de mercado para discutir uma proposta de regulação para incentivar a repotenciação de hidrelétricas existentes. De acordo com números apresentados pela Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), é possível ganhar 5.214MW em capacidade instalada por meio da adoção de avanços tecnológicos, mudanças de projeto ou inserção de unidades geradoras adicionais.
O assunto já havia sido discutido no ano passado, em um workshop semelhante, que levou a Aneel a abrir estudos internos e começar a ouvir agentes sobre o tema. Em fevereiro deste ano, a agência reguladora apresentou suas considerações à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão de planejamento do Ministério de Minas e Energia.
Para a Aneel, embora esse aumento de capacidade não signifique grande incremento de garantia firme, a potência extra traria "ganhos econômicos e de confiabilidade na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN)". Essas máquinas poderiam gerar em períodos de carga média ou mesada, reduzindo o despacho de térmicas, muito mais caras.
Uma alternativa apresentada pelo órgão regulador é a realização de leilões para a contratação de potência disponível em poços existentes. O certame estabeleceria uma receita anual ou mensal, "possivelmente em reais por MWh instalado", para amortizar os investimentos e suportar os custos de operação e manutenção. O montante a ser contratado seria estabelecido por instituições de planejamento, como o ONS.
A Aneel acredita que deve ser realizada apenas uma licitação do tipo e que o preço-teto para a contratação "deve ser muito menor do que os alcançados pelas hidrelétricas em leilões de energia nova", uma vez que a maior parte das usinas não exigirá obras civis, o que concentra os custos apenas na aquisição e montagem de equipamentos.
A repotenciação traria também acréscimo de garantia física aos empreendimentos, que poderiam ser comercializados no mercado livre ou regulado, devendo essa receita estimular o investidor a reduzir seu lance no leilão de repotenciação.
A sistemática proposta pela Aneel aponta que a remuneração pela geração extra seria feita com o uso do ESS - encargo de serviço de sistema, cobrado nas contas de energia para cobrir o custo do despacho de termelétricas. A agência acredita que, pela metodologia prevista, essa mudança faria o encargo cair, uma vez que as máquinas das hidrelétricas terão energia muito mais barata que as térmicas.
Fonte: Jornal da energia
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