quinta-feira, 19 de maio de 2011

Contra a intervenção imperialista na Líbia

Calendário de atividades do
COMITÊ CONTRA A INTERVENÇÃO IMPERIALISTA NA LÍBIA
Contato: comiteantiimperialista@yahoo.com.br - (11) 31047401

ATO-DEBATE

21/05, 17h, ECLA, Espaço Cultural Latino Americano, Rua Abolição, 244, Bela Vista, São Paulo (SP)

ATO PÚBLICO

Sábado, 04 de junho, às 10h na Praça Ramos
(Metrô Anhangabaú, Centro de São Paulo)

Convocatória para o ATO-DEBATE
Contra a intervenção imperialista na Líbia

O silêncio dos revolucionários, quando não se pode calar, é o canto vitorioso do capital!

Rechaçamos a intervenção imperialista na Líbia. Depois do Afeganistão e do Iraque, este país africano virou a bola da vez. Assim como o golpe de Estado em Honduras e a invasão do Haiti pelos EUA, agravando a ocupação militar já iniciada pela ONU sob o comando do exército brasileiro, também a atual ofensiva sobre o povo líbio tem a marca da gestão Obama, uma cínica e cruel agressão colonialista com fachada “humanitária”.

Os levantes em andamento nos países árabes deixam claro que o povo nas ruas rechaça as ditaduras e o messianismo religioso com o qual a imprensa ocidental e capitalista tentou lhes associar.

Em meio a um processo de rebelião generalizada em vários países no norte da África e no Oriente Médio, o imperialismo tenta tirar proveito da situação e se articula com a reacionária oposição monarquista e ex-membros do governo Kadafi para criar supostas forças revolucionárias na Líbia, o chamado Conselho Nacional de Transição, o qual reivindica a invasão imperialista contra seu próprio povo e comemora os bombardeios estrangeiros sobre seu país.

Agora, por meio do ataque militar escancarado da OTAN fica claro que o objetivo é a recolonização do país que detém as maiores reservas de petróleo do continente africano. Vale destacar que nos últimos meses, a ONU dividiu o Sudão através de um plebiscito fraudulento e, em “defesa da democracia”, realizou um golpe de Estado e invadiu militarmente a Costa do Marfim para derrubar um governo que ameaçou nacionalizar os bancos e que nacionalizou a produção de cacau do país (a Costa do Marfim é o maior produtor de cacau do mundo). A crise econômica abriu o apetite das distintas potências imperialistas para estabelecer uma nova partilha colonial da África e do mundo árabe.

A propaganda de guerra “humanitária” de Obama confundiu uma série de organizações de esquerda que foram às ruas protestar contra a “guerra ao terror” de Bush no Afeganistão e no Iraque. Agora, estas organizações têm receio de que a condenação contundente ao ataque coordenado pela OTAN possa ser lido como respaldo às supostas atrocidades de Muamar Kadafi contra os ‘rebeldes’.

É preciso barrar a máquina de guerra imperialista em qualquer circunstância e local. Todavia, condenar o imperialismo não significa apoiar politicamente o governo Kadafi.

Se o imperialismo sair vitorioso em mais esta agressão, será fortalecida a política de fazer os trabalhadores pagarem a conta da crise econômica capitalista que, no Brasil, se expressa pelo corte de gastos públicos, ajuste fiscal e arrocho salarial dos trabalhadores realizados pelo governo Dilma.

É preciso derrotar o imperialismo e seus agentes e avançar rumo à conquista de direitos civis para os imigrantes e as mulheres, direitos sindicais e de greve, expropriação das multinacionais, inclusive as construtoras brasileiras, e pela revolução socialista contra o conjunto da burguesia.

Nossas diversas posições políticas sobre o conflito na Líbia não devem impedir que as organizações e lutadores sociais que se reivindicam anti-imperialistas e anticapitalistas se somem ao Debate que será realizado no dia 21 de maio, às 17:30, no ECLA, Espaço Cultural Latino Americano. Rua Abolição, 244, Bela Vista, São Paulo (SP).

Esta atividade está a serviço de acumular forças na direção de construir a necessária unidade para realizar o primeiro ato público de rua, para exigir o fim imediato da intervenção imperialista na Líbia.

COMITÊ CONTRA A INTERVENÇÃO IMPERIALISTA NA LÍBIA
Com o Professor Lúcio Flávio (PUC-SP)
 
 Fonte: Espaço cultural Mané Garrincha

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