sexta-feira, 3 de junho de 2011

Temos algo para comemorar na Semana do Meio Ambiente?

A Prefeitura de Santarém insiste em comemorar a Semana do Meio Ambiente camuflando a realidade medonha que ocorre na Amazônia.


Quem não se lembra que o ex-prefeito Lira Maia abriu as portas para a Cargill e a atual prefeita Maria do Carmo trancou as portas para ela não sair, tentando enganar a população desinformada com um “parquinho” na ex-Praia da Vera Paz e uma pintura da biblioteca municipal. Lembrem que a Cargill causa destruição em várias partes do planeta. Você já viu o imenso “deserto verde” das plantações de soja no planalto santareno e belterense?

E o PAC que visa destruir o Rio Tapajós com cinco hidrelétricas, comprova que esses governos não estão preocupados com a natureza e os povos da Amazônia. A degradação social e ambiental ocasionada por esse plano será devastadora e a energia gerada será para a Vale, Cargill, Alcoa, entre outras empresas, em vista da mercantilização dos rios e da água.
Denunciamos também que o Conselho Municipal do Meio Ambiente é formado descaradamente em maioria por órgãos do governo e empresariais ligados ao setor madeireiro e seus cupixas, deixando os movimentos populares excluídos do processo. Vê-se assim um conselho antidemocrático e criado para legitimar os interesses do governo e das empresas.

Nos últimos dias foi aprovado no congresso nacional o novo código florestal, que visa o desmatamento do que resta de nossas florestas, enquanto isso até o fim da semana foram assassinados cinco defensores do meio ambiente. Essa é a forma de afastar quem impede o avanço do agronegócio ligado ao grande capital. Quando isso foi informado no Congresso Nacional os políticos presentes vaiaram as vítimas. Isso é uma barbárie! E você ainda vota nessas aberrações humanas.

Essa é a intenção: omitir que o meio ambiente sofre pelas ações propositais das três esferas governamentais do sistema capitalista. Perguntamos o que temos que comemorar com a construção de Belo Monte? Só temos o que chorar, e lutar contra a morte de companheiros/as e a morte de nossos rios.

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