Sessenta índios das etnias Arara e Cinta-Larga ocupam a Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Dardanelos, localizada em Aripuanã. Eles impedem a saída de dirigentes da empresa para cobrar a cessão de 2 ônibus e a construção de moradias, que foram prometidas no Plano Básico de Meio Ambiente (PBA) para compensar os danos causados pela obra a cerca de 1 mil indígenas da região. Os itens foram acordados durante o processo de negociação para construção do empreendimento, mas ainda não foram cumpridos.
Por volta das 18h desta quarta-feira (8), os índios ocuparam a entrada da usina. Com o apoio da Polícia Militar, cerca de 50 servidores foram liberados em 2 ônibus. Mas alguns representantes da empresa ficaram. Uma reunião foi marcada para às 8h de hoje para entrega da lista de reivindicações. O chefe de serviços de monitoramento territorial e ambiental da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Juína, Valdenilton Evangelista, diz que o processo será acompanhado e até a noite de ontem, a ocupação ocorria pacífica.
Porém, os índios prometem sair da UHE somente após receberem as compensações pelos danos ambiental e social na região. O sítio arqueológico foi implodido para viabilizar a construção do empreendimento, que tem capacidade para gerar 261 megawatts de energia a partir do rio Aripuanã. Os ônibus solicitados servirão para os indígenas se deslocarem para atividades da comunidade no centro da cidade e eventos.
Em dezembro, a usina já havia sido invadida pelos índios para cobrar outros itens previstos no PBA. Eles receberam viaturas para fiscalização após a manifestação. Porém, reclamam das demais reivindicações junto à empresa Energética Águas da Pedra. A construção da UHE foi concluída ano passado, após 3 anos de obras, mas ainda não está em operação. Ainda falta viabilizar uma linha de transmissão, que irá ligar a Usina ao Sistema Nacional de Energia.
Fonte: Só notícias
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