terça-feira, 16 de abril de 2013

A contraditória realidade educacional

No dia 10/04, pela manhã, durante uma forte chuva em Santarém, parte do muro da Escola Estadual Felisbelo Jaguar Sussuarana desabou, quase atingindo uma aluna que acabava de sair da mesma escola. Quanto à chuva, que fique claro, ela não foi a culpada do sinistro; o muro é que era imprestável; quanto à aluna, ficou em estado de choque e teve que ser acompanhada até sua residência.

Isso é parte do puro retrato da estrutura física de muitas escolas estaduais (e municipais) em Santarém e por todo o país. Somado a isso estão: a desvalorização salarial dos professores e demais funcionários; salas sem estrutura para aulas; assédio moral; falta de merenda... E isso não é novidade, muito menos estranheza.
Estranheza é que, a exemplo da Escola Felisbelo, professores e alunos marcharão no dia 7 de setembro, orgulhosos por pertencerem a sua escola, mesmo ela apresentando uma realidade calamitosa estrutural e funcional, como a relatada.
Utilizar esse “dia da independência”, evento pomposo, para que os sindicatos da categoria protestassem pelas suas demandas seria uma aula e tanto. Boicotar o desfile, desmilitarizando a mente dos alunos seria uma atitude merecedora de nota 10.
No entanto, considerando a celebração do dia 7 de setembro (sinceramente, não entendemos o motivo da festa, muito menos o pseudo civismo justificado), o que vemos é um descompasso entre a triste realidade da educação promovida pelo Estado e a estranha reação dos sindicatos e alunos.

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