No
dia 10/04, pela manhã, durante uma forte chuva em Santarém, parte
do muro da Escola Estadual Felisbelo Jaguar Sussuarana desabou, quase
atingindo uma aluna que acabava de sair da mesma escola. Quanto à
chuva, que fique claro, ela não foi a culpada do sinistro; o muro é
que era imprestável; quanto à aluna, ficou em estado de choque e
teve que ser acompanhada até sua residência.
Isso
é parte do puro retrato da estrutura física de muitas escolas
estaduais (e municipais) em Santarém e por todo o país. Somado a
isso estão: a desvalorização salarial dos professores e demais
funcionários; salas sem estrutura para aulas; assédio moral; falta
de merenda... E isso não é novidade, muito menos estranheza.
Estranheza é que, a exemplo da Escola Felisbelo, professores e alunos marcharão
no dia 7 de setembro, orgulhosos por pertencerem a sua escola, mesmo
ela apresentando uma realidade calamitosa estrutural e funcional,
como a relatada.
Utilizar
esse “dia da independência”, evento pomposo, para que os
sindicatos da categoria protestassem pelas suas demandas seria uma
aula e tanto. Boicotar o desfile, desmilitarizando a mente dos alunos
seria uma atitude merecedora de nota 10.
No
entanto, considerando a celebração do dia 7 de setembro
(sinceramente, não entendemos o motivo da festa, muito menos o pseudo civismo justificado), o que vemos é um descompasso entre a
triste realidade da educação promovida pelo Estado e a estranha
reação dos sindicatos e alunos.
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