sexta-feira, 19 de abril de 2013

19 de abril: quem são os indígenas?


Desenho da Tribo Munduruku


Vivem em comunidade, mas são forçados a viverem só nos centro urbanos.
Andam de canoa, mas sabem dirigir Pickup.
Querem viver isolado, mas a FUNAI fica perturbando de helicóptero.
Tomam “nosso” refrigerante (aff!), assim como tomam “seu” caribé.
Usam notebook, um lixo eletrônico.
Querem seu quinhão de terra, mas os fazendeiros incomodam.
Precisam de seus territórios homologados, mas o Congresso arma contra eles.
Protestam contra hidrelétricas, mas são alienados pelas compensações.
Usam arco e flecha, mas sabem disparar uma espingarda.
Possuem diversas línguas, melhor que o português que não pára/para de mudar.
Dançam para a guerra; enquanto o alistamento é obrigatório.
Pescam e caçam, mas têm acesso aos supermercados.
São símbolos de resistência.
 
Desde a invasão (e não “chegada”) européia e daquele assassino do Pedro Álvares Cabral, os povos indígenas são dizimados à ferro e fogo (e também aos passos lentos e malandros da burocracia brasileira).
O “índio” não é aquela imagem romântica de um menininho que os professores (e a Xuxa) alienam seus alunos. O indígena é resistente, é guerreiro. Mas também, possui problemas que a “civilização” provocou contra ele, desde as atrocidades da invasão até a omissão da FUNAI.
Se o indígena faz ou usa (pickup, refrigerante, notebook, supermercados...) o que os não-índios fazem ou usam, qual é o problema? Foi incorporada sua cultura também (caribe, rede, arco, flecha, pesca, caça...), ou, melhor dizendo, continuamos a sermos índios. Mas, em algum momento na vida, provavelmente, nossos antepassados foram forçados a saírem das suas tribos e... cá estamos como indígenas urbanos.
Salvem (nos dois sentidos do português) todos os povos indígenas!

Um comentário:

Anônimo disse...

A solução para os problemas da Amazônia é declarar a independência da região, criando a República da Amazônia e pedindo reconhecimento internacional e adesão à ONU. A União Europeia e os Estados Unidos apoiariam, com certeza.
Seria o fim das hidrelétricas, da mineração, da soja e das rodovias, cuidaremos de nosso próprio destino, sem intromissão de Brasília e do Sul. Preservaremos a Amazônia, daremos aos índios e quilombolas todas as terras que eles precisam, e sobraria bastante espaço para o povo das cidades.
Sem os caminhões de soja passando, a poluição diminuiria em Santarém.
Bora declarar a independência!