Que notícia ein! A Câmara de deputados federais em Brasília aprova a criação de uma Comissão Especial de deputados para acompanhar a implantação da hidroelétrica de Belo Monte. Até parece coisa séria. Será que os deputados da tal comissão já vieram à região do rio Xingu consultar aquela parte da população que é contra a construção da desastrosa usina? Já sentaram com as lideranças indígenas Kaiapó, Juruna, e demais etnias xinguanas para saber se eles concordam com tal empreendimento? Essa notícia ainda não se ouviu.
O que já se sabe é que o governo federal está impondo à força o projeto, doa a quem doer. Até já demitiu funcionários sérios do IBAMA que recusaram acelerar o processo de licenciamento da usina. Mais recente, já conseguiu truques jurídicos para retirar da instância federal de Altamira o poder de julgamento dos casos referentes à contestada usina. A Câmara federal apenas cria uma comissão faz de conta, para legitimar a agressão aos povos do Xingu.
Quem são afinal os “honoráveis” membros da comissão especial? São 15 deputados, boa parte deles, do Estado do Pará. Quando se olhar a folha corrida de tais honoráveis, vai se descobrir que sete ou nove deles estão na lista dos “ficha suja” do congresso nacional. São acusados de desvio de conduta, corrupção, etc. Como confiar em tais fiscais da implantação da usina Belo Monte? Quem garante que não serão oportunistas para fechar os olhos a desvios da implantação a troco de alguns favores mais?
Aliás, a notícia dá conta que essa comissão especial foi montada por outra comissão maior, a da Amazônia. Esta é composta de parlamentares de toda a Amazônia legal e já existe desde 1997. Alguém por acaso sabia disso? O que essa comissão da Amazônia tem feito em benefício dos 25 milhões de habitantes dessa importante região brasileira?
Em defesa dos povos não se sabe, mas se omitindo diante da invasão oficial de empresas estrangeiras exploradoras de minérios na região, isso se sabe; se calando e apoiando a mudança de fusos horários em vários estados da Amazônia, sem consultar os prejudicados, isso é verdade; Agora apoiando a construção de 10 mega hidroelétricas na Amazônia, mesmo com graves prejuízos ambientais e sociais, isso também é verdade. Então de que adianta tantas comissões de “honoráveis”, se os povos da Amazônia não são ouvidos nem respeitados? Honoráveis fichas sujas nomeados para fiscalizar obra tão contestada por parte da sociedade amazônida, que notícia!
Um comentário:
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 22/6/2010 17:49
Lula critica palpites de estrangeiros sobre usina de Belo Monte
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira em Altamira (PA) de ato em defesa da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no rio Xingu, alvo de críticas de ambientalistas.
Também durante cerimônia de início da terraplanagem da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá, Lula reagiu a críticas dos que se opõem à construção da usina. Sem citar nomes, o presidente defendeu que o Brasil não precisa de palpites de estrangeiros.
"Nós precisamos mostrar ao mundo que ninguém mais do que nós quer cuidar da nossa floresta. Mas ela é nossa. E que gringo nenhum meta o nariz onde não é chamado, que nós saberemos cuidar da nossa floresta e saberemos cuidar do nosso desenvolvimento", protestou.
Citou indiretamente o cineasta norte-americano James Cameron ("Avatar"), que esteve no Brasil para manifestação pela não construção da usina.
"Certamente, eles (os manifestantes) ficaram encantados com o americano que veio aqui. Eles deveriam ir lá tirar o petróleo do Golfo do México (nos EUA), que está poluindo o oceano", ironizou.
Lula levou três ministros, deputados, o presidente da Eletrobrás e a governadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) para reforçar a necessidade de realização da usina, que tem investimento previsto em 20 bilhões de reais.
Reagindo aos protestos, Lula disse que falta informação a "meia dúzia de jovens bem-intencionados", relatando que fez campanha contra a construção da usina hidrelétrica de Itaipu.
Agora, classifica de fantasias as ameaças que acreditava pairarem sobre a usina localizada no Paraná.
"É por essas fantasias construídas que a gente não tem que ter medo de debater. É por essas fantasias construídas que nós precisamos dizer: o Estado do Pará e a região do Xingu não podem prescindir de Belo Monte, não tem como prescindir", disse.
O presidente afirmou que a construção levará em conta os aspectos ambientais.
"Ninguém vai permitir que o desenvolvimento do nosso Estado seja paralisado", disse a governadora Ana Julia Carepa.
Belo Monte, cuja obra vai inundar uma ampla área para a criação do lago, recebe críticas de ambientalistas, movimentos sociais e lideranças indígenas que cobram uma análise mais aprofundada dos impactos socioambientais.
A usina, que já tem consórcio constituído para sua construção, deve entrar em operação em 2015.
Camaradas da FDA, LULA e um presidente de visão e somos Sociedade Brasileira (Não Amazonida) pois a Nossa Amazonia e um Caldo de pirão bem grosso formado pelo povo Brasileiro! Viva a Democracia, Viva a livre expressão!
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