O 21o. congresso de magistrados, que é organizado pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), contará com 16 patrocinadores. Entre eles, a empresa Norte Energia.
A Norte Energia, responsável pela futura e drástica operação de Belo Monte, é composta por empresas públicas, como a Eletrobras, e privadas, como a Vale.
Além da Norte Energia, houve apoio de bancos, empresas da área de energia e confederações patronais.
Investimento?
A Norte Energia, que prontamente encarregou-se de montar um estande no evento, com distribuição de material sobre Belo Monte e um computador à disposição para consulta com fotos, mapa e outras informações sobre a obra, afirma que o patrocínio a eventos é 'uma prática da empresa, uma vez que entende a importância de integrar fóruns que contribuam para o debate sobre Belo Monte'.
Um debate pautado no modelo desenvolvimentista, com uma série de irregularidades, visto que a empresa responde a, pelo menos, 15 ações movidas pelo Ministério Público Federal e pela Defensoria Pública e com o seu final já amarrado.
Diante de tanta corrupção, irregularidades e falcatruas, será que esse discurso é realmente coerente? Ou esse patrocínio, de fato, mostra a verdadeira lógica da maneira pela qual os grandes empreendimentos são empurrados para a nossa região?
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) não tem uma norma sobre a participação de magistrados em eventos patrocinados por empresas, mesmo que elas sejam alvos de processos que possam ser de responsabilidade desses juízes. A ex-corregedora do conselho, Eliana Calmon, iniciou um debate sobre o tema, mas enfrentou a resistência de entidades representativas dos magistrados. E assim caminha Belo Monte...
Fonte: Folha de S. Paulo
Um debate pautado no modelo desenvolvimentista, com uma série de irregularidades, visto que a empresa responde a, pelo menos, 15 ações movidas pelo Ministério Público Federal e pela Defensoria Pública e com o seu final já amarrado.
O presidente da AMB, Nelson Calandra, afirma que não há conflito ético no apoio das empresas:
"Isso não compromete a imparcialidade. As empresas não patrocinaram porque querem ser beneficiadas. É um espaço publicitário e elas resolvem colaborar para ganhar exposição de mídia", diz o presidente da AMB.
Diante de tanta corrupção, irregularidades e falcatruas, será que esse discurso é realmente coerente? Ou esse patrocínio, de fato, mostra a verdadeira lógica da maneira pela qual os grandes empreendimentos são empurrados para a nossa região?
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) não tem uma norma sobre a participação de magistrados em eventos patrocinados por empresas, mesmo que elas sejam alvos de processos que possam ser de responsabilidade desses juízes. A ex-corregedora do conselho, Eliana Calmon, iniciou um debate sobre o tema, mas enfrentou a resistência de entidades representativas dos magistrados. E assim caminha Belo Monte...
Fonte: Folha de S. Paulo
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