Mais de trezentos manifestantes bloqueiam, nesta manhã (22/08), a rodovia BR- 364, próximo ao município de Itapuã do Oeste, em Rondônia.
A ação é organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com participação de trabalhadores e agricultores da região, atingidos pela Usina Hidrelétrica de Samuel, construída há mais de 26 anos.
Entre os pontos de reivindicação estão um plano de recuperação e desenvolvimento dos municípios atingidos pela barragem, envolvendo as áreas da cultura, educação, produção e infraestrutura; o reassentamento das famílias e ações de fortalecimento da pesca e da aqüicultura na região.
No que se refere ao assentamento, os atingidos cobram que ele deverá atender as exigências das condições do modelo historicamente defendido pelo MAB.
Já com relação à pesca, os atingidos cobram estruturas para beneficiamento e comercialização do pescado, como a implantação de projetos experimentais e de implantação de tanques redes e escavados nas comunidades.
“A construção da Usina de Samuel deixou uma dívida social enorme e as famílias ainda sofrem as consequências. A exemplo, podemos citar a cidade de Itapuã, que vive um estado caótico em conseqüência da construção de Samuel”, disse Océlio Muniz, da coordenação do MAB.
O Movimento já havia interditado a rodovia no final de março deste ano cobrando medidas e ações da Eletronorte e do estado brasileiro para atender a dívida social histórica existente com as famílias atingidas pela construção da usina de Samuel.
A retomada do protesto no mesmo local também é uma demonstração da insatisfação com os resultados das reuniões e negociações que ocorreram com a empresa.
A mobilização em Rondônia faz parte da Jornada Nacional de Lutas dos trabalhadores, que acontece durante toda a semana. Está sendo preparada uma série de manifestações por todo o país, cobrando mudanças no modelo energético e agrícola brasileiro, para que todos tenham terra, condições de produção, emprego e renda no meio rural. A proposta envolve medidas como a Reforma Agrária, incentivos à agricultura familiar, a produção de alimentos saudáveis e a defesa do Código Florestal.
Fonte: Assessoria/MAB
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